Se o Baai Si é seu, você também é responsável por convidar as pessoas que você gostaria que estivessem presentes na sua cerimônia. De uma forma ou de outra, ainda mais com as maravilhas da tecnologia moderna, seus irmãos kung fu mais ativos no mo gun acabam por ficar sabendo do evento e muitos até decidem comparecer, mas a questão aqui é outra: conexão.
O Baai Si, bem como diversos outros momentos da vida de um praticante de Ving Tsun, é também uma oportunidade para trabalhar a conexão com o outro, desde membros com quem você já tem uma relação íntima até os completos desconhecidos, sem mencionar amigos fora do círculo marcial e membros da sua própria família de criação.
Como você aborda essa pessoa? Qual é a sua estratégia? Não se trata de manipulação, mas de verdadeiramente entrar em sintonia com as necessidades e os desejos dela. Alguém que anda afastado das práticas pode achar uma mensagem de texto algo muito impessoal, mas, quem sabe, uma ligação pode fazê-la sentir-se mais próxima da Família novamente.
Há kung fu envolvido em cada decisão.
Não bastasse o meu já alto nervosismo diante da missão de entrar em contato com tanta gente desconhecida, Si Fu, em uma bela manhã de sábado, quando nos reunimos com vários membros da Família para falar sobre o Baai Si, precisamente uma semana antes da cerimônia, apresenta-nos a Carmen e a mim a ideia de entregarmos convites formais aos líderes de outras famílias daqui do Rio de Janeiro. Líderes que eu só conhecia de vista ou de nome até então.
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